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Immagine del redattore P. Ezio Lorenzo Bono, CSF

🇮🇹 SINCRONIA FISIOLOGICA 🇵🇹 SINCRONIA FISIOLÓGICA 🇬🇧 PHYSIOLOGICAL SYNCHRONY

Aggiornamento: 27 ago 2023


🇮🇹 SINCRONIA FISIOLOGICA

(Video e testo in italiano)

Una riflessione per la XXI Domenica del Tempo Comune (27-8-2023)

< Mt 16,13-20 (Tu sei il Cristo)

I.

A Gabriel García Márquez, lo scrittore colombiano premio nobel esponente del genere "realismo magico" che ha mirabilmente espresso nel suo capolavoro "Cent'anni di solitudine", è attribuita una frase molto bella che dice: "Ti amo non per chi sei ma per chi sono io quando sono con te".

Trovo interessante questa frase perché suggerisce che l'amore non è solo conoscenza dell'altra persona ma relazione, o meglio reazione che la conoscenza dell'altro/a scatena in me. Se io conoscessi tutto dell'altra persona, il suo Curriculum Vitae, la sua storia, le sue opere... ma non provassi nessuna emozione quando sto con lei, tutta la conoscenza sarebbe solo un bagaglio di erudizione da aggiungere alla biblioteca personale, come un libro letto, messo via e mai più aperto. La conoscenza deve far scattare una scintilla, un'emozione, che spinge a desiderare di conoscere di più l'altro/a, come un circolo virtuoso, dove la conoscenza suscita la passione e la passione spinge il desiderio a conoscere di più.

Ma se la scintilla non scatta, ecco che la conoscenza è solo una tra le tante altre che si aggiunge alla mente, ma non al cuore.

II.

Non so se Gesù sia rimasto davvero contento della risposta data da Pietro, che abbiamo sentito nel vangelo di oggi. A Gesù sembra non importare tanto le risposte della gente alla sua domanda: "Chi dice la gente che io sia", quanto invece quella dei suoi apostoli: "Ma voi, chi dite che io sia?". E la risposta di Pietro è perfetta, proprio da catechismo di PIO X: «Tu sei il Cristo, il Figlio del Dio vivente».

Penso che Gesù sia rimasto felice della risposta di Pietro non tanto per quella data con le parole, ma per quella che darà con la sua vita. Se Pietro, dopo quella risposta perfetta non avesse donato la sua vita fino alla morte per quel Cristo, Figlio del Dio vivente, la conoscenza perfetta di Lui non gli servirebbe un granché.

Tante persone hanno conosciuto, soprattutto al catechismo, la figura di Gesù, ma non è mai scattata la scintilla, quella che fa passare Gesù dalla mente al cuore, e così hanno messo via Gesù come un libro letto, o piuttosto sfogliato superficialmente e riposto negli scaffali.

III.

A Gesù non interessano i like che riceve sul suo profilo, ciò che dice la gente, ma gli interessa quello che diciamo noi suoi discepoli.

Così anche noi non perdiamoci dietro al consenso della gente o a rincorrere le masse per risultare di loro gradimento. Non ci deve interessare l'opinione della gente, ma delle persone alle quale vogliamo bene, che hanno mosso il nostro cuore.

La conoscenza deve trasformarsi in vita, essere creativa, generativa, e questo non avviene automaticamente: così come non è studiando arte che si diventa automaticamente un artista, o filosofia per diventare un filosofo. Così non è aver studiato il catechismo di Gesù Cristo o teologia che ci fa essere automaticamente cristiani. Non è aver letto tutti i manuali sull'amore che ci trasforma in amanti. Un gesto d’amore vale più di tante parole di amore.

IV.

Per concludere.

La scintilla di cui dicevamo è paragonabile a quella che scatta tra due persone quando si innamorano. Secondo uno studio dell' Università di Leiden (in Olanda) le dinamiche fisiologiche che si sviluppano quando una coppia si incontra per la prima volta, riguardano più la "sincronia fisiologica" che la comunicazione del corpo (sorrisi, sguardi, cenni...). Attraverso strumenti applicati a ciascuno dei membri della coppia, si è rilevato che a un certo punto i loro cuori cominciano a battere in sintonia e le loro mani cominciano a sudare in maniera sincronizzata. Questo avviene inconsciamente quando si presta attenzione alle micro-espressioni, come la dilatazione della pupilla, il battito delle palpebre o il rossore.

Questa "sincronia fisiologica" avviene in certo qual modo, anche se in forma diversa, nel rapporto tra madre e figlio. Ma quello che mi ha divertito di più è la conclusione dei ricercatori: "abbiamo bisogno di ulteriori ricerche per spiegare qual è il meccanismo alla base dell'innamoramento. Ciò che accende questo sentimento tra due persone rimane ancora uno dei misteri irrisolti della Scienza".

In attesa che la scienza ci sveli questo mistero, creiamo noi le condizioni per accendere questa scintilla tra noi e Gesù: Lui è già innamorato di noi, e quindi prestiamo attenzione a tutti i segnali che ci invia. Allora il nostro cuore comincerà a battere al ritmo del suo, e le nostre mani cominceranno a sudare quando sentiremo le sue mani accarezzarci il cuore.


  • Immagine di fondo: Gesù e Pietro, nel film di Franco Zeffirelli "Gesù di Nazareth"

  • Musica di sottofondo: Arvo Pärt- Spiegel im Spiegel



🇵🇹 SINCRONIA FISIOLÓGICA

(Vídeo e texto em 🇵🇹 português)

Uma reflexão para o XXI Domingo do Tempo Comum (27-8-2023)

< Mt 16,13-20 (Tu és o Cristo)

I.

Atribui-se a Gabriel García Márquez, escritor colombiano vencedor do Prémio Nobel e expoente do género "realismo mágico", admiravelmente expresso na sua obra-prima "Cem Anos de Solidão", uma frase muito bonita que diz: "Amo-te não pelo que és, mas pelo que sou quando estou contigo".

Acho esta frase interessante porque sugere que o amor não é apenas o conhecimento da outra pessoa, mas a relação, ou melhor, a reação que o conhecimento da outra pessoa desencadeia em mim. Se eu soubesse tudo sobre a outra pessoa, o seu Curriculum Vitae, a sua história, as suas obras... mas não sentisse qualquer emoção quando estou com ela, todo o conhecimento seria apenas uma bagagem de erudição a acrescentar à biblioteca pessoal, como um livro lido, guardado e nunca mais aberto. O conhecimento deve suscitar uma faísca, uma emoção, que impulsione o desejo de saber mais sobre a outra pessoa, como um círculo virtuoso, onde o conhecimento desperta a paixão e a paixão impulsiona o desejo de saber mais.

Mas se a faísca não se acende, então o conhecimento é apenas um entre muitos outros que se acrescentam à mente, mas não ao coração.

II.

Não sei se Jesus ficou realmente satisfeito com a resposta dada por Pedro, que ouvimos no Evangelho de hoje. Jesus não parece importar-se tanto com as respostas das pessoas à sua pergunta: "Quem dizem os homens que eu sou?", como se importa com as respostas dos apóstolos: "Mas vós, quem dizeis que eu sou?" E a resposta de Pedro é perfeita, saída diretamente do catecismo do PIO X: "Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo".

Penso que Jesus ficou encantado com a resposta de Pedro, não tanto pela que deu com palavras, mas pela que daria em seguida com a sua vida. Se Pedro, depois daquela resposta perfeita, não tivesse dado a sua vida até à morte por aquele Cristo, o Filho do Deus vivo, o conhecimento perfeito d'Ele não lhe seria de grande utilidade.

Tantas pessoas conheceram, sobretudo na catequese, a figura de Jesus, mas nunca se acendeu a faísca que faz passar Jesus da mente para o coração, e por isso guardaram Jesus como um livro que leram, ou melhor, folhearam superficialmente e puseram na estante.

III.

Jesus não está interessado nos likes que recebe no seu perfil, no que as pessoas dizem, mas está interessado no que nós, seus discípulos, dizemos.

Por isso, não nos deixemos perder no consenso das pessoas, nem andemos atrás das massas para sermos apreciados por elas. Não devemos interessar-nos pela opinião das pessoas, mas das pessoas que amamos, que nos tocam o coração.

O conhecimento tem de se transformar em vida, ser criativo, gerador, e isso não acontece automaticamente: tal como não é estudando arte que nos tornamos automaticamente artistas, ou filosofia para nos tornarmos filósofos. Do mesmo modo, não é o facto de ter estudado o Catecismo de Jesus Cristo ou a teologia que nos torna automaticamente cristãos. Não é o facto de ter lido todos os manuais sobre o amor que nos transforma em amantes. Um gesto de amor vale mais do que muitas palavras de amor.

IV.

Para concluir.

A faísca de que falávamos é comparável à faísca que existe entre duas pessoas quando se apaixonam. Segundo um estudo da Universidade de Leiden (Países Baixos), a dinâmica fisiológica que se desenvolve quando um casal se encontra pela primeira vez tem mais a ver com a "sincronia fisiológica" do que com a comunicação corporal (sorrisos, olhares, acenos de cabeça...). Através de instrumentos aplicados a cada um dos membros do casal, verificou-se que, a dada altura, os seus corações começam a bater em sincronia e as suas mãos começam a suar de forma sincronizada. Isto acontece inconscientemente quando se presta atenção às micro-expressões, como a dilatação das pupilas, o piscar ou o rubor.

Esta "sincronia fisiológica" ocorre em certa medida, embora de forma diferente, na relação entre mãe e filho. Mas o que mais me divertiu foi a conclusão dos investigadores: "precisamos de mais investigação para explicar qual é o mecanismo que está por detrás do enamoramento. O que é que desencadeia este sentimento entre duas pessoas continua a ser um dos mistérios não resolvidos da ciência".

Enquanto esperamos que a ciência desvende este mistério, criemos as condições para acender esta faísca entre nós e Jesus: Ele já está apaixonado por nós, por isso prestemos atenção a todos os sinais que Ele nos envia. Então, o nosso coração começará a bater ao ritmo do Seu, e as nossas mãos começarão a suar quando sentirmos as Suas mãos a acariciar o nosso coração.


  • Imagem de fundo: Jesus e Pedro, no filme de Franco Zeffirelli «Jesus de Nazaré»

  • Música de fundo: Arvo Pärt- Spiegel im Spiegel



🇬🇧 PHYSIOLOGICAL SYNCHRONY

(Video and text in 🇬🇧 English)

A reflection for the XXI Sunday of Common Time (27-8-2023)

< Mt 16:13-20 (You are the Christ)

I.

Gabriel García Márquez, the Nobel Prize-winning Colombian writer and exponent of the "magic realism" genre, admirably expressed in his masterpiece "One Hundred Years of Solitude", is attributed a very beautiful phrase that says: "I love you not for who you are but for who I am when I am with you".

I find this sentence interesting because it suggests that love is not just knowledge of the other person but relationship, or rather the reaction that knowing the other person triggers in me. If I knew everything about the other person, their Curriculum Vitae, their history, their works... but felt no emotion when I was with him or her, all knowledge would just be a baggage of erudition to add to the personal library, like a book read, put away and never opened again. Knowledge must spark a spark, an emotion, that drives the desire to know more about the other person, like a virtuous circle, where knowledge stirs passion and passion drives the desire to know more.

But if the spark is not sparked, then knowledge is just one among many others that is added to the mind, but not to the heart.

II.

I do not know whether Jesus was really happy with the answer given by Peter, which we heard in today's gospel. Jesus does not seem to care so much about people's answers to his question, "Who do people say that I am?" as he does about his apostles' answers, "But you, who do you say that I am?" And Peter's answer is perfect, right out of the catechism of PIO X: 'You are the Christ, the Son of the living God'.

I think Jesus was delighted with Peter's answer not so much for the one he gave with words, but for the one he would give with his life. If Peter, after that perfect answer, had not given his life unto death for that Christ, the Son of the living God, the perfect knowledge of Him would not be of much use to him.

So many people have come to know, especially in catechism, the figure of Jesus, but the spark, the one that makes Jesus pass from the mind to the heart, has never been ignited, and so they have put Jesus away like a book they have read, or rather leafed through superficially and put on the shelf.

III.

Jesus is not interested in the likes he gets on his profile, what people say, but he is interested in what we, his disciples, say.

So too, let us not get lost in people's consensus or chase after the masses to be liked by them. We should not be interested in the opinion of the people, but in the people we love, who have moved our hearts.

Knowledge must turn into life, be creative, generative, and this does not happen automatically: just as it is not by studying art that one automatically becomes an artist, or philosophy to become a philosopher. In the same way, it is not having studied the Catechism of Jesus Christ or theology that automatically makes us Christians. It is not having read all the manuals on love that turns us into lovers. A gesture of love is worth more than many words of love.

IV.

To conclude.

The spark that we were talking about is comparable to the spark between two people when they fall in love. According to a study by the University of Leiden (in the Netherlands), the physiological dynamics that develop when a couple meets for the first time are more about 'physiological synchrony' than body communication (smiles, glances, nods...). Through instruments applied to each of the couple members, it was found that at some point their hearts begin to beat in synchrony and their hands begin to sweat in a synchronised manner. This happens unconsciously when paying attention to micro-expressions, such as pupil dilation, blinking or blushing.

This 'physiological synchrony' occurs to some extent, albeit in a different form, in the relationship between mother and child. But what amused me most was the researchers' conclusion: 'we need further research to explain what the mechanism behind falling in love is. What ignites this feeling between two people still remains one of the unsolved mysteries of science'.

While we are waiting for science to unravel this mystery, let us create the conditions to ignite this spark between us and Jesus: He is already in love with us, so let us pay attention to all the signals He sends us. Then our hearts will begin to beat to the rhythm of His, and our hands will begin to sweat when we feel His hands caressing our hearts.


- Background image: Jesus and Peter, in Franco Zeffirelli's film Jesus of Nazareth

- Background music: Arvo Pärt- Spiegel im Spiegel


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