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🇮🇹 IL CASTING DI GESÙ 🇵🇹 O CASTING DE JESUS


🇮🇹 IL CASTING DI GESÙ

(testo in italiano)

Una riflessione per la Solennità dei Santi Pietro e Paolo (29-6-2023)

I.

Non so se anche non vi siete mai chiesti perché Gesù tra tutti gli apostoli ha scelto proprio Pietro come capo della Chiesa?

Non si sa esattamente il motivo. Non era il discepolo più anziano. Il più anziano era probabilmente Giacomo il maggiore, figlio di Zebedeu e fratello di Giovanni apostolo (i fratelli Boanerghes, figli del tuono). Neppure fu il primo apostolo ad essere chiamato. Infatti il primo fu suo fratello Andrea denominato per l’appunto Protocleto o il Primo chiamato.

Non era nemmeno il più intelligente. Il più intelligente degli apostoli sembra che fu lo stesso Giacomo, come si percepisce dalla sua lettera.

Non era nemmeno il discepolo più benestante (era un pescatore). E nemmeno il più fedele (rinnegò per tre volte Gesù).

Neppure era il discepolo preferito, il più amato. Il IV vangelo ci dice che il discepolo che Gesù più amava era probabilmente Giovanni.

Non era nemmeno il più mite o prudente, infatti Pietro era impulsivo, franco nel parlare, mentre per guidare una Chiesa bisognerebbe un po’ più diplomazia, prudenza…

Ma allora perché Gesù scelse proprio Pietro?

II.

Gli uomini quando devono scegliere del personale per delle imprese o altro fanno dei casting, concorsi molto selettivi e scelgono quelli che hanno le migliori qualità e abilità.

Anche Gesù fa il suo casting quando sceglie i suoi discepoli. Ma non usa lo stesso criterio dei casting umani dove viene scelto chi ha già le qualità richieste. Gesù non sceglie persone già abili o perfette, ma abilita chi sceglie. Non chi ha già le qualità, ma colui che promette bene, che è pieno di passione e desiderio di crescere. Quindi questo significa che tutti siamo dei potenziali eletti. Gesù non scarta nessuno, non sceglie i migliori ma coloro che si mettono in discussione e intraprendono un cammino nuovo.

Non guarda gli sbagli commessi ma l’amore che ci mettiamo. Infatti le domande che fa nel suo casting sono le stesse tre domande che ha fatto a Pietro: La prima è: “Mi ami?”, la seconda domanda è: “Mi ami?”, e la terza domanda è: “Mi ami?”. Sarà che qualcuno non ha ancora capito quali saranno le domande che Gesù ci fa per superare il casting?

III.

Come ho detto all’inizio, non si sa esattamente il motivo per cui Gesù abbia scelto Pietro come capo della sua Chiesa, ma vorrei azzardare un’ipotesi. Ve la dico sottovoce, ma non fatelo sapere ai miei superiori se no magari mi licenziano.

Come mai Gesù scelse Simon Pietro che lo aveva rinnegato? Proprio perché lo aveva rinnegato! O meglio, proprio perché Pietro dopo averLo rinnegato si pentì amaramente e fu perdonato e per questo passò ad amare ancor più grandemente Gesù: «Per questo io ti dico: sono perdonati i suoi molti peccati, perché ha molto amato. Invece colui al quale si perdona poco, ama poco». Perdonando Pietro per il suo rinnegamento, Gesù sapeva che poi lo avrebbe amato molto di più e avrebbe perfino dato la vita per Lui, come di fatto avvenne. E Gesù ha scelto come capo della Chiesa chi lo ha amato di più: Pietro.

Azzardo un’altra ipotesi: Se Giuda Iscariota, dopo aver tradito Gesù non si fosse impiccato, ma avesse chiesto perdono, forse Gesù avrebbe scelto lui come capo della Chiesa. Infatti l’amore per Dio deriva dalla coscienza della sproporzione tra l’abisso del nostro peccato e l’immensità del suo perdono. Più è profondo l’abisso del nostro peccato, più immenso sentiamo il perdono di Dio e conseguentemente più smisurato diventa il nostro amore per Lui. «Invece colui al quale si perdona poco, ama poco».

IV.

Pietro ha rinnegato Gesù solo tre volte e abbiamo visto come è stato amato da Gesù. E noi allora, chissà quante volte Lo abbiamo rinnegato, di sicuro molto più di Pietro. Ora ci spetta fare il passaggio successivo che Pietro ha fatto, e cioè quello di trasformare il peccato in amore, che come abbiamo visto è la condizione per essere discepoli di Gesù (“Mi ami?”).

Lo stesso è avvenuto per l’altro seguace di Gesù che festeggiamo oggi insieme all’apostolo Pietro, e cioè Paolo che anche lui dall’abisso del suo peccato (persecutore accanito dei cristiani) è stato inondato dall’immensità del perdono di Gesù. In seguito Paolo lo ha amato a tal punto da morire per Lui.

Ecco che allora: i peccati come Pietro e Paolo li abbiamo anche noi; le domande che Gesù ci farà al casting le conosciamo già. Allora che cosa aspettiamo a diventare santi anche noi come loro?



🇵🇹 O CASTING DE JESUS

(texto em 🇵🇹 português)

Reflexão para a solenidade dos Santos Pedro e Paulo (29-6-2023)

I.

Não sei se alguma vez vos perguntastes porque é que Jesus, de entre todos os apóstolos, escolheu Pedro como chefe da Igreja?

Não se sabe exatamente porquê. Ele não era o discípulo mais velho. O mais velho era provavelmente Tiago, filho de Zebedeu e irmão do apóstolo João (os irmãos Boanerges, filhos do trovão). Também não foi o primeiro apóstolo a ser chamado. De facto, o primeiro foi o seu irmão André, chamado Protocletus ou o Primeiro Chamado.

Também não foi o mais inteligente. O mais inteligente dos apóstolos parece ter sido o próprio Tiago, como se depreende da sua carta.

Ele nem sequer era o discípulo mais rico (era pescador). Nem o mais fiel (negou Jesus três vezes).

Nem era o discípulo favorito, o mais amado. O quarto Evangelho diz-nos que o discípulo que Jesus mais amava era provavelmente João.

Ele nem sequer era o mais manso ou o mais prudente, de facto Pedro era impulsivo, franco no seu discurso, ao passo que dirigir uma Igreja exige um pouco mais de diplomacia, de prudência...

Mas então porque é que Jesus escolheu Pedro?

II.

Quando os homens têm de escolher pessoal para as empresas ou para qualquer outra coisa, fazem castings, concursos muito selectivos e escolhem os que têm as melhores qualidades e capacidades.

Jesus também faz o seu próprio casting, quando escolhe os seus discípulos. Mas não usa os mesmos critérios das selecções humanas, em que são escolhidos os que já têm as qualidades necessárias. Jesus não escolhe pessoas que já são capacitadas ou perfeitas, mas capacita aqueles que escolhe. Não aquele que já tem as qualidades, mas aquele que é prometedor, que está cheio de paixão e de desejo de crescer. Isto significa que todos nós somos potenciais escolhidos. Jesus não descarta ninguém, não escolhe os melhores, mas sim aqueles que se questionam e tomam um novo caminho.

Ele não olha para os erros que cometemos, mas para o amor que dedicamos. De facto, as perguntas que faz no seu lançamento são as mesmas três perguntas que fez a Pedro: a primeira é: "Amas-me?", a segunda é: "Amas-me?", e a terceira é: "Amas-me?". Será que alguém ainda não percebeu quais serão as perguntas que Jesus faz para passar pelo casting?

III.

Como disse no início, não sabemos exatamente porque é que Jesus escolheu Pedro como chefe da sua Igreja, mas eu gostaria de arriscar um palpite. Dir-vos-ei em voz baixa, mas não deixem que os meus superiores saibam, senão podem despedir-me.

Como é que Jesus escolheu Simão Pedro, que o tinha negado? Precisamente porque ele o tinha negado! Ou melhor, precisamente porque Pedro, depois de o ter negado, se arrependeu amargamente e foi perdoado e, por isso, passou a amar ainda mais Jesus: "Por isso vos digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou. Ao passo que aquele a quem pouco é perdoado, pouco ama". Ao perdoar a Pedro a sua negação, Jesus sabia que ele passaria a amá-lo muito mais e até daria a vida por ele, como de facto aconteceu. E Jesus escolheu para chefe da Igreja aquele que mais o amava, Pedro.

Arrisco outra hipótese: se Judas Iscariotes, depois de trair Jesus, não se tivesse enforcado, mas tivesse pedido perdão, talvez Jesus o teria escolhido como chefe da Igreja. De facto, o amor a Deus deriva da consciência da desproporção entre o abismo do nosso pecado e a imensidão do seu perdão. Quanto mais profundo é o abismo do nosso pecado, tanto mais imenso é o perdão de Deus e, consequentemente, tanto mais desproporcionado é o nosso amor por Ele. "Aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama".

IV.

Pedro negou Jesus apenas três vezes e vimos como ele foi amado por Jesus. E nós, quem sabe quantas vezes O negámos, certamente muito mais do que Pedro. Cabe-nos agora dar o passo seguinte ao de Pedro, ou seja, transformar o pecado em amor, que, como vimos, é a condição para ser discípulo de Jesus ("Amas-me?").

O mesmo aconteceu com o outro seguidor de Jesus que hoje celebramos juntamente com o apóstolo Pedro, ou seja, Paulo, que também do abismo do seu pecado (perseguidor feroz dos cristãos) foi inundado pela imensidão do perdão de Jesus. Mais tarde, Paulo amou-o tanto que morreu por Ele.

Eis então: pecados como Pedro e Paulo nós também os temos; as perguntas que Jesus nos fará na altura do casting nós já as sabemos. Então, de que estamos à espera para nos tornarmos também santos como eles?

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