top of page

🇮🇹 IL PRINCIPE D’EGITTO 🇵🇹 O PRÍNCIPE DO EGIPTO


🇮🇹 IL PRINCIPE D’EGITTO

(Video e testo in 🇮🇹 italiano)

Una riflessione per la XXVII Domenica del Tempo Comune (8-10-2023)

< Mt 21,33-43 (I vignaioli malvagi)

I.

Questi giorni che sto trascorrendo in Egitto sono un’occasione oltre che di riposo, anche di cultura e riflessione. Dopo avere riletto le storie degli antichi faraoni, soprattutto quelli di cui vi dicevo settimana scorsa (il grande Amenotep III, il suo affascinante figlio Akhenaton e il figlio di quest’ultimo, il faraone bambino Tutankhamen) questa settimana ho visitato i luoghi legati al Principe d’Egitto, Mosè. Sono salito sulla cima del Monte Sinai, dove secondo la Bibbia Dio ha dato le tavole dei 10 comandamenti a Mosè. Ai piedi del monte Sinai ho visitato il monastero di Santa Caterina, costruito sul luogo dove Dio ha parlato a Mosè attraverso il roveto ardente. Un’esperienza intensa e profonda che mi ha fatto innamorare della figura straordinaria di Mosè e anche dell’Egitto, patria di una delle più grandi civiltà della storia, luogo di rifugio e di accoglienza, che ha accolto Giuseppe che divenne una delle figure più importanti dell’impero e in seguito accolse i suoi fratelli e il popolo di Israele. Qui Mosè divenne principe d’Egitto. Terra di rifugio della Sacra Famiglia in fuga da Erode che voleva uccidere il bambino Gesù.

Egitto terra di bellezza e di contrasti che ridusse in schiavitù il popolo di Israele.

II.

Mosè avrebbe potuto continuare a godere del suo status di principe d’Egitto senza preoccuparsi degli schiavi, invece, di fronte a un egiziano che stava massacrando un israeliano, lui intervenne e uccise l’assalitore, e quindi fu costretto poi a fuggire per istallarsi nella penisola del Sinai. Qui Dio lo chiamò per liberare il suo popolo. Tutti conosciamo le fatiche del grande esodo, e le continue lamentele e tradimenti idolatrici del popolo che rimpiangeva sempre le cipolle d’Egitto.

Quello che mi lascia molto interrogato è perché Mosè definito «uomo di Dio» (Dt 33,1), «uomo di fiducia» (Nm 12‚7), il «servo del Signore» (Dt 34,5), il profeta più grande in Israele (cf. Dt 34,10-12) sia stato escluso dalla Terra Promessa (cf. Nm 20,12) e fatto morire al di qua del Giordano (cf. Dt 34,5) e cioè a un passo dalla terra promessa? Questo non suona come il fallimento della sua vita e della sua missione?

III.

Mosè non ha fallito la sua missione. Lui ha compiuto la sua vocazione, e cioè la chiamata di Dio a liberare il popolo di Israele e lo ha portato fino alle soglie della terra promessa. Chi fallirà la sua vocazione invece sarà proprio questo popolo al quale Dio ha affidato la sua vigna, come ci parla Gesù nel Vangelo di oggi. Questi vignaioli invece di essere custodi della vigna diventarono usurpatori e predatori. E Dio alla fine ne chiede conto. Così come alla fine chiederà conto anche a noi.

E noi che ne stiamo facendo della nostra vigna? La vita che Dio ci ha donato la accogliamo come un dono, per produrre frutti di bene per gli altri o siamo diventati usurpatori escludendo non solo il padrone della nostra vita che è Dio, ma anche i destinatari dei suoi frutti, che sono gli altri?

Il Vangelo di oggi ci dice che può succedere anche a noi la stessa sorte del popolo di Israele che non ha accolto né i profeti né il figlio del padrone della vigna, così che Dio ha affidato ad altri il suo dono. È proprio un paradosso che il popolo nel quale Dio ha scelto di incarnarsi è il popolo che ha rigettato completamente suo Figlio Gesù.

IV.

Per concludere.

Perché Dio non ha lasciato entrare Mosè nella terra promessa? Per punirlo? Considerando tutto quello che ha passato con quel popolo dalla testa dura, qual’è stata la sua colpa? (Gli stessi esegeti non spiegano chiaramente quale fu esattamente la colpa di Mosè).

Secondo me Dio non ha voluto castigare Mosè, anzi, ha voluto premiarlo, non facendolo entrare a far parte di quella terra che ha rigettato il suo Figlio. Lui che è stato un servitore fedele al suo Dio dal quale è stato molto amato, e lottò contro ogni forma di idolatria (raffigurata nel vitello d’oro) non poteva confondersi con un popolo infedele e usurpatore che ucciderà il figlio del padrone della vigna. Dio quindi ha “preservato” il suo amato figlio Mosè dal peccato del popolo dalla dura cervice, come ha “preservato” Maria, la madre del “nuovo Mosè”, dal peccato originale.

E così quando anche noi ci sentiamo castigati da Dio perché non avviene quello che desideriamo in quel momento, abbiamo fiducia che Dio vuole “preservare” anche noi da qualche male. Come avvenne con Mosè, Dio trasformerà quello che sembra un castigo, nel regalo più grande, facendo di noi non dei principi d’Egitto, ma principi del Regno di Dio.


  • Immagine di fondo: Alba sul Monte Sinai (Photo ELB)

  • Musica di fondo: Il Principe d’Egitto - When you believe - Piano Cover Riyandi Kusuma)



🇵🇹 O PRÍNCIPE DO EGIPTO

(Vídeo e texto em 🇵🇹 português)

Uma reflexão para o XXVII Domingo do Tempo Comum (8-10-2023)

< Mt 21,33-43 (Os malvados vinhateiros)

I.

Estes dias que estou a passar no Egipto são uma ocasião não só de descanso, mas também de cultura e reflexão. Depois de reler as histórias dos antigos faraós, especialmente aqueles de que vos falei na semana passada (o grande Amenotep III, o seu fascinoso filho Akhenaton e o filho deste último, o faraó criança Tutancâmon), esta semana visitei os lugares associados ao Príncipe do Egipto, Moisés. Subi ao topo do Monte Sinai, onde, segundo a Bíblia, Deus deu as tábuas dos 10 mandamentos a Moisés. No sopé do Monte Sinai, visitei o Mosteiro de Santa Catarina, construído no local onde Deus falou a Moisés através da sarça ardente. Foi uma experiência intensa e profunda, que me fez apaixonar pela figura extraordinária de Moisés e também pelo Egipto, berço de uma das maiores civilizações da história, lugar de refúgio e de acolhimento, que acolheu José, que se tornou uma das figuras mais importantes do império e, mais tarde, acolheu os seus irmãos e o povo de Israel. Aqui Moisés tornou-se príncipe do Egipto. Terra de refúgio para a Sagrada Família que fugia de Herodes que queria matar o menino Jesus.

Egipto terra de beleza e contrastes que escravizou o povo de Israel.

II.

Moisés poderia ter continuado a gozar o seu estatuto de príncipe do Egipto sem se preocupar com os escravos. Em vez disso, perante um egípcio que massacrava um israelita, interveio e matou o agressor, sendo depois obrigado a fugir e a instalar-se na península do Sinai. Aqui, Deus chamou-o para libertar o seu povo. Todos nós conhecemos as dificuldades do grande êxodo, as constantes queixas, as idolatrias e as traições do povo que estava sempre com saudade das cebolas do Egipto.

O que me deixa muito interrogativo é por que razão Moisés, definido como o "homem de Deus" (Dt 33,1), o "homem de confiança" (Nm 12,7), o "servo do Senhor" (Dt 34,5), o maior profeta de Israel (cf. Dt 34,10-12) foi excluído da Terra Prometida (cf. Nm 20,12) e morto deste lado do Jordão (cf. Dt 34,5), ou seja, a um passo da Terra Prometida? Não parece isto o fracasso da sua vida e da sua missão?

III.

Moisés não falhou a sua missão. Ele cumpriu a sua vocação, isto é, o chamamento de Deus para libertar o povo de Israel e o levou até ao limiar da terra prometida. Aquele que, pelo contrário, falharão a sua vocação será esse mesmo povo a quem Deus confiou a sua vinha, como nos diz Jesus no Evangelho de hoje. Estes vinhateiros, em vez de serem guardiães da vinha, tornaram-se usurpadores e predadores. E Deus acabará por os chamar à responsabilidade. Tal como acabará por nos pedir contas a nós também.

O que estamos a fazer com a nossa vinha? Aceitamos a vida que Deus nos deu como um dom, para produzir bons frutos para os outros, ou tornamo-nos usurpadores, excluindo não só o dono da nossa vida, que é Deus, mas também os destinatários dos frutos, que são os outros?

O Evangelho de hoje diz-nos que nos pode acontecer o mesmo que ao povo de Israel, que não aceitou nem os profetas nem o filho do dono da vinha, de modo que Deus confiou o seu dom a outros. É de facto um paradoxo que o povo em que Deus escolheu encarnar-se seja o povo que rejeitou completamente o seu Filho Jesus.

IV.

Para concluir.

Porque é que Deus não deixou Moisés entrar na terra prometida? Para o castigar? Tendo em conta tudo o que ele passou com aquele povo de cabeça dura, qual foi a sua culpa? (Os próprios exegetas não explicam claramente qual foi exatamente a culpa de Moisés).

Na minha opinião, Deus não quis castigar Moisés; pelo contrário, quis premia-lo, não o integrando-o na terra que rejeitou o seu Filho. Moisés, que era um servo fiel ao seu Deus, por quem era muito amado, e que lutava contra todas as formas de idolatria (representada pelo bezerro de ouro), não podia misturar-se com um povo infiel e usurpador, que mataria o filho do dono da vinha. Por isso, Deus "preservou" o seu filho amado Moisés do pecado do povo de dura cerviz, tal como "preservou" Maria, a mãe do "novo Moisés", do pecado original.

E assim, quando também nós nos sentimos castigados por Deus porque aquilo que desejamos naquele momento não acontece, confiamos que Deus também nos quer "preservar" de algum mal. Como aconteceu com Moisés, Deus transformará o que parece ser um castigo no maior dom, fazendo de nós não príncipes do Egipto, mas príncipes do Reino de Deus.


  • Imagem de fundo: Nascer do Sol no Monte Sinai (Photo ELB)

  • Música de fundo: O Príncipe do Egito - When you believe - Piano Cover Riyandi Kusuma)



11 visualizzazioni0 commenti
Post: Blog2 Post
bottom of page