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Immagine del redattore P. Ezio Lorenzo Bono, CSF

🇮🇹 LA FIERA DEGLI ASINI 🇵🇹 A FEIRA DO BURRO


🇮🇹 LA FIERA DEGLI ASINI

Una riflessione per la Domenica delle Palme -C (10–4-2022)

< Lc 22,14-23,56 (La Passione di Gesù)

I.

L’ingresso trionfale di Gesù a Gerusalemme è stato in realtà una farsa.

Penso che i soldati romani, alla vista di quello spettacolo, si siano spanciati dal ridere. Loro conoscevano le grandi processioni trionfali di Roma. Il Trionfo era l’onore più grande al quale potesse aspirare un romano. Era concesso dal senato solo a grandi figure che si erano distaccate sul campo di guerra e avevano ottenuto grandi successi militari (sembra che bisognava aver ucciso almeno 5000 nemici per aver diritto a un ingresso trionfale). Il vincitore rivestito con una veste trionfale, una corona d’alloro in capo, lo scettro in mano, sopra un carro trascinato da cavalli bianchi, dall’Arco Trionfale si dirigeva in pompa magna verso il Campidoglio attraversando la città ornata di fiori e di profumi, tra una folla di cittadini vestiti tutti di bianco che gridavano e cantavano lodi al vincitore. Nella processione sfilavano i soldati, l’armata con le insegne d’oro, i nemici prigionieri, il bottino di guerra, le vittime per l’immolazione agli dei. Subito dopo il trionfatore seguivano i parenti e congiunti. Arrivato al Campidoglio l’eroe faceva sacrifici a Giove e seguivano poi banchetti sontuosi. Di quegli eventi solenni abbiamo ancora molte testimonianze scolpite sul marmo e archi trionfali che ancora possiamo vedere qui a Roma.

II.

Quei soldati romani che hanno visto quel galileo che non aveva ucciso neanche una mosca, vestito come un sempliciotto, entrare a Gerusalemme sopra un asino tra gli schiamazzi della gente che lo osannavano re, avranno pensato sicuramente a una farsa, a una carnevalata.

Che quella sia stata proprio una farsa, ne avremo conferma pochi giorni dopo, quando gli stessi che alla domenica avevano gridato “Osanna al figlio di David” al venerdì seguente gridarono “Crocifiggilo”.

Perché Gesù si sarà prestato a quella messinscena? Che bisogno aveva di fare un’entrata come quella? Magari voleva fare una satira delle processioni trionfali romane? Lui che è sempre andato a piedi aveva bisogno di cavalcare un asino? Che messaggio voleva dare?

III.

L’asino di quella domenica, era solo il primo dei tanti asini che avrebbe incontrato in quei giorni. A partire da quegli asini che gridavano Osanna e cambiarono poi rapidamente musica; gli asini farisei che chiedevano a Gesù di far smettere gli schiamazzi della gente; gli asini commercianti che incontra il giorno dopo al tempio i quali avevano trasformato la casa di Dio in una spelonca di ladri; gli asini capi dei sacerdoti, gli scribi, i capi del popolo e gli anziani che cercavano di farlo morire e che avevano mandato quegli asini di informatori per cercare di incastrarlo con domande sulle tasse da pagare a Cesare; gli asini sadducei che tentarono anche loro di ridicolizzare Gesù con la questione della vedova e dei sette mariti. Con l’inizio della Passione Gesù incontrerà ancora altri asini: l’asino Giuda che non aveva capito assolutamente nulla di Gesù; l’asino Pietro che proclama fedeltà assoluta fino alla morte e indietreggia davanti a una serva; i tre discepoli asini che non seppure vegliare nemmeno un’ora durante l’agonia di Gesù; gli asini apostoli che fuggirono tutti davanti all’arresto di Gesù; gli asini del sinedrio che lo condannarono; l’asino Pilato che se ne lava le mani; l’asino Erode che voleva vedere un giullare mentre Gesù non lo degna neppure di una parola; gli asini della folla che pochi giorni prima lo osannavano e ora lo sentenziano; gli asini soldati romani che lo beffeggiano e lo crocifiggono; l’asino malfattore crocifisso al suo lato e che non smette di insultarlo.

IV.

Per fortuna che tra tanti asini in quella settimana Gesù ha incontrato anche degli angeli, come Maria a Betania che lo unge di olio profumato; gli angeli Lazzaro e sorelle che lo accolgono in casa con amicizia; la moglie di Pilato molto più coraggiosa del marito; l’angelo Maria sua madre e le altre donne che ritrova fedeli ai piedi della croce; l’angelo Giovanni apostolo anche lui ai piedi della croce e che prende in consegna la mamma di Gesù; l’angelo crocifisso accanto a Lui al quale promette il Paradiso; l’angelo Giuseppe d’Arimatea che lo toglie dalla croce e lo depone nel sepolcro.

Per fortuna che in un mondo di asini, esistono anche gli angeli.

Sembra però che in questa fiera di asini che Gesù ha incontrato nell’ultima settimana, il meno asino di tutti sembra essere stato proprio quell’umile animale che lo ha trasportato nel suo ingresso a Gerusalemme.


Per vedere il video in italiano clicca qui: https://youtu.be/6cUwb8khboE




🇵🇹 A FEIRA DOS BURROS

Uma reflexão para o Domingo de Ramos -C (10-4-2022)

< Lc 22,14-23,56 (A Paixão de Jesus)

I.

A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém foi na realidade uma farsa.

Acho que os soldados romanos se fartaram de rir quando viram aquele espetáculo. Eles estavam familiarizados com as grandes procissões triunfantes de Roma. O Triunfo era a maior honra a que um romano poderia aspirar. Só era concedido pelo Senado a grandes figuras que se tinham distinguidas no campo de guerra e que tinham alcançado grande sucesso militar (parece que precisava matar pelo menos 5000 soldados inimigos para se ter direito a uma entrada triunfal). O vitorioso, vestido com um manto triunfal, uma coroa de louros na sua cabeça, o ceptro na sua mão, numa carruagem desenhada por cavalos brancos, seguia o seu caminho desde o Arco do Triunfo com grande pompa até ao Capitólio, atravessando a cidade decorada com flores e perfumes, entre uma multidão de cidadãos vestidos todos de branco gritando e cantando louvores ao vitorioso. Na procissão marcharam os soldados, o exército com as suas insígnias douradas, os prisioneiros inimigos, os despojos de guerra, as vítimas para imolação dos deuses. Imediatamente após o triunfante vitorioso seguiam os seus familiares. Ao chegar ao Capitólio, o herói fazia sacrifícios a Júpiter, seguidos de sumptuosos banquetes. Há ainda muitas provas destes acontecimentos solenes esculpidos em mármore e arcos triunfantes que ainda podem ser vistos aqui em Roma.

II.

Os soldados romanos que viram aquele Galileu, que não tinha matado uma única mosca, vestido de simplório, entrar em Jerusalém montado num burro no meio do barulho do povo que o saudava como rei, devem certamente ter pensado que se tratava de uma farsa, de um carnaval.

Que foi de facto uma farsa foi confirmado alguns dias mais tarde quando as mesmas pessoas que tinham gritado "Hosana ao filho de David" no domingo, gritaram "Crucifica-o" na sexta-feira seguinte.

Porque é que Jesus se prestou a esta farsa? Porque precisava Ele de fazer uma entrada assim? Talvez Ele quisesse satirizar as procissões triunfantes romanas? Será que Ele, que sempre andou a pé, precisava de montar num burro? Que mensagem é que Ele queria transmitir?

III.

O burro daquele domingo foi apenas o primeiro de muitos burros que Jesus encontraria naqueles dias. Começando pelos burros que gritavam Hosana e depois rapidamente mudaram de tom; os burros fariseus que pediam a Jesus para parar os gritos do povo; os comerciantes burros que Ele encontrou no dia seguinte no templo os quais tinham transformado a casa de Deus num antro de ladrões; os sacerdotes chefes burros, os escribas, os líderes do povo e os anciãos que tentavam fazer com que fosse morto e que tinham enviado aqueles burros informadores para tentarem encurralá-Lo com perguntas sobre os impostos a pagar a César; os burros saduceus que também tentaram ridicularizar Jesus com a questão da viúva e dos sete maridos. Com o início da Paixão Jesus vai encontrar ainda mais burros: o burro Judas que não compreendeu absolutamente nada sobre Jesus; o burro Pedro que proclamou lealdade absoluta até à morte e recuou diante de uma criada; os três discípulos burros que nem sequer ficaram acordados uma hora durante a agonia de Jesus; os apóstolos burros que fugiram todos antes da prisão de Jesus; os burros do Sinédrio que O condenaram; o burro Pilatos que lavou as mãos; o burro Herodes que pensava em ver um bobo enquanto Jesus nem sequer o dignificava com uma palavra; os burros da multidão que alguns dias antes O louvavam e agora O condenam; os soldados romanos burros que zombavam dEle e O crucificavam; o burro malfeitor que foi crucificado ao seu lado e não parava de o insultar.

IV.

Felizmente, entre tantos burros durante essa semana Jesus também conheceu anjos, como Maria em Betânia que O ungiu com óleo perfumado; os anjos Lázaro e as suas irmãs que o receberam em sua casa com amizade; a esposa de Pilatos que foi muito mais corajosa do que o seu marido; o anjo Maria sua mãe e as outras mulheres que Ele encontrou fiéis aos pés da cruz; o anjo João Apóstolo também aos pés da cruz e que tomou a mãe de Jesus ao seu cuidado; o anjo crucificado ao Seu lado a quem prometeu o Paraíso; o anjo José de Arimatéia que O retirou da cruz e O deitou no túmulo.

Felizmente, num mundo de burros, também há anjos.

No entanto, parece que nesta feira de burros que Jesus encontrou na última semana, o menos burro de todos parece ter sido o humilde animal que carregou Jesus na sua entrada em Jerusalém.


Para ver o vídeo em português clica aqui: https://youtu.be/BumSlTEa3dU


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