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🇮🇹 NESSUNO È FELICE COME CHI SA DI ESSERE AMATO🇵🇹 NINGUÉM É TÃO FELIZ COMO AQUELE QUE SABE QUE...


🇮🇹 NESSUNO È FELICE COME CHI SA DI ESSERE AMATO

Una riflessione per la II Domenica di Natale (2-1-2022)

< Gv 1,1-18 (In principio era il Verbo).

I.

I filosofi dell’antica Grecia si interrogavano sul principio originario di tutte le cose, l’ “arché”, la forza primigenia, ciò che sta all’origine del mondo, che lo fonda, lo muove. I filosofi pre-socratici individuavano questo “arché” in sostanze materiali, naturali (erano chiamati anche “filosofi della natura”): l’elemento fondamentale era per Talete l’acqua, per Anassimene l’aria, il fuoco per Eraclito, l’atomo per Democrito…

Altri cercavano una legge cosmica che regolava la nascita e morte di tutte le cose (per esempio la dialettica amore/odio). Aristotele intende il principio primo come causa prima di ogni essere e del conoscere. L’ “arche” quindi inteso come materia animata, forza divina, legge unica…

L’intento dei filosofi era quello di far ordine nel caos primordiale (in principio era il caos) e quindi volevano ricondurre tutto all’unità.

II.

Anche il Vangelo di oggi ci parla di “arché”, di principio: Ἐν ἀρχῇ ἦν ὁ λόγος.

Se i filosofi presocratici identificavano questo principio con elementi materiali, Giovanni evangelista invece lo identifica con il Logos, la Parola di Dio, La Sapienza di Dio che era presente quando è stato creato il mondo. Se i primi deducevano le loro teorie dall’osservazione della natura, Giovanni deduce la sua idea dalla conoscenza della fede, che non è qualcosa di non scientifico o irrazionale, ma qualcosa che si fonda sul Logos, la ragione.

In principio, ci dice Giovanni, non c’è il caos ma c’è un disegno preciso di Dio. L’universo non ha il suo “arché” nel fuoco, o nell’acqua o nell’aria, ma nel Logos che si è fatto carne, Gesù Cristo dal quale e nel quale sono stato fatte tutte le cose, e niente sussiste all’infuori di Lui. L’ “arché”, cioè il principio originario di tutto è il Logos, lo spirito, la vita.

III.

Gesù Cristo non è quindi una tra le varie teorie fondanti o uno dei principi archetipi, ma è l’Unico, il Tutto, al di fuori del quale nulla sussiste.Questa è la verità alla quale noi non possiamo sottrarci anche se molti “non l’hanno accolta”. A coloro che l’hanno accolta però è stato dato di “diventare figli di Dio”.

É questo il grande messaggio del Natale: non tanto le sdolcinate luci natalizie o le pecorelle del presepe, ma la verità che il principio originario di tutte le cose, Dio, entra nel mondo assumendo la carne (“Verbum caro factum est”). Un messaggio che coinvolge tutto il nostro essere: cuore e mente.

IV.

É sorprendente vedere che l’apostolo che ha capito fino in fondo questa verità filosofica (perché parla dell’ “arché”) e teologica (perché parla di Dio) fu “il discepolo che Gesù amava”, cioè il discepolo che più amava Gesù. Quindi questo ci dice che se vogliamo comprendere la verità del Logos in tutta la sua pienezza, dobbiamo amare Gesù più di tutto. Giovanni scoprendo l’ “arché” ha scoperto la fonte del senso e della felicità perché ha fatto la grande scoperta di essere amato da Dio. Giovanni era il più amato da Gesù perché era quello che più amava Gesù: “a cor gentil rempaira sempre amore” (Guido Guinizzelli).

Giovanni era il discepolo più giovane, il discepolo che più amava, e di sicuro il discepolo più felice perché come scrisse la grande poetessa Alda Marini: “Nessuno è felice come chi sa di essere amato”.


🇵🇹 NINGUÉM É TÃO FELIZ COMO AQUELE QUE SABE QUE É AMADO

Uma reflexão para o II domingo de Natal (2-1-2022)

< Jo 1:1-18 (No início era a Palavra).

I.

Os filósofos da Grécia antiga interrogavam-se sobre o princípio original de todas as coisas, o "arché", a força primordial, aquela que está na origem do mundo, que o funda, move-o. Os filósofos pré-socráticos identificaram este 'arquétipo' em alto de material, substâncias naturais (eles também eram chamados 'filósofos da natureza'): para Tales o elemento fundamental era a água, para Anaximenes o ar, para Heráclito o foto, para Demócrito o átomo...

Outros estavam à procura de uma lei cósmica que regesse o nascimento e a morte de todas as coisas (por exemplo, a dialéctica do amor/ódio). Aristóteles compreende o primeiro princípio como a principal causa de todo o ser e conhecimento. O 'arche' era então entendido como matéria animada, força divina, lei única...

O objectivo dos filósofos era trazer ordem ao caos primordial (“no início era o caos”) e por isso queriam trazer tudo de volta à unidade.

II.

O Evangelho de hoje fala-nos também de "arché", de princípio: Ἐν ἀρχῇ ἦν ὁ λόγος.

Enquanto os filósofos pré-socráticos identificaram este princípio com elementos materiais, João o Evangelista identifica-o com o Logos, a Palavra de Deus, a Sabedoria de Deus que estava presente quando o mundo foi criado. Se os primeiros deduziram as suas teorias da observação da natureza, João deduz a sua ideia do conhecimento da fé, que não é algo não científico ou irracional, mas algo baseado no Logos, a razão.

No início, diz-nos João, não há caos, mas há um desenho preciso de Deus. O universo não tem o seu "arquétipo" no fogo, na água ou no ar, mas no Logos que se fez carne, Jesus Cristo, de quem e em quem todas as coisas foram feitas, e nada existe além d'Ele. O "arquétipo", ou seja, o princípio original de tudo é o Logos, o espírito, a vida.

III.

Jesus Cristo não é, portanto, uma das várias teorias fundadoras ou um dos princípios arquetípicos, mas Ele é o Único, o Todo, fora do qual nada existe. Esta é a verdade da qual não podemos escapar, mesmo que muitos "não a tenham aceite". Para aqueles que a aceitaram, porém, foi dado para "se tornarem filhos de Deus".

Esta é a grande mensagem de Natal: não tanto as luzes de Natal foleiras ou as pequenas ovelhas no presépio, mas a verdade que o início original de todas as coisas, Deus, entra no mundo tornando-se carne ("Verbum caro factum est"). Uma mensagem que envolve todo o nosso ser: coração e mente.

IV.

É surpreendente ver que o apóstolo que compreendeu plenamente esta verdade filosófica (porque fala do "arqué") e teológica (porque fala de Deus) foi "o discípulo a quem Jesus amou", ou seja, o discípulo que mais amava Jesus. Isto diz-nos então que se queremos compreender a verdade do Logos em toda a sua plenitude, devemos amar Jesus mais do que qualquer outra coisa. Ao descobrir o "arquétipo", João descobriu a fonte do sentido e da felicidade porque fez a grande descoberta de ser amado por Deus. João era o mais amado por Jesus porque era aquele que mais amava Jesus: "a cor gentil rempaira sempre amore" (Guido Guinizzelli).

João era o discípulo mais jovem, o discípulo que mais amava, e certamente o discípulo mais feliz porque, como escreveu a grande poetisa Alda Marini: "Ninguém é tão feliz como aquele que sabe que é amado".


🇬🇧 NO ONE IS AS HAPPY AS HE WHO KNOWS HE IS LOVED

A reflection for the second Sunday of Christmas (2-1-2022)

< Jn 1:1-18 (In the beginning was the Word).

I.

The philosophers of ancient Greece wondered about the original principle of all things, the "arché", the primordial force, that which lies at the origin of the world, which founds it, moves it. The pre-Socratic philosophers identified this 'arché' in something material, natural substances (they were also called 'philosophers of nature'): for Thales the fundamental element was water, for Anaximenes air, for Heraclitus fire, for Democritus the atom...

Others were looking for a cosmic law governing the birth and death of all things (e.g. the love/hate dialectic). Aristotle understands the first principle as the prime cause of all being and knowledge. The 'arché' then understood as animate matter, divine force, unique law...

The philosophers' aim was to bring order to the primordial chaos (“In the beginning was chaos”) and so they wanted to bring everything back to unity.

II.

Today's Gospel also speaks to us of "arché", of principle: Ἐν ἀρχῇ ἦν ὁ λόγος.

While the pre-Socratic philosophers identified this principle with material elements, John the Evangelist identifies it with the Logos, the Word of God, the Wisdom of God who was present when the world was created. If the former deduced their theories from the observation of nature, John deduces his idea from the knowledge of faith, which is not something unscientific or irrational, but something based on the Logos, the reason.

In the beginning, John tells us, there is no chaos but there is a precise design of God. The universe does not have its "arché" in fire, water or air, but in the Logos who became flesh, Jesus Christ, from whom and in whom all things were made, and nothing exists apart from Him. The "arché", that is, the original principle of everything is the Logos, the spirit, the life.

III.

Jesus Christ is not, therefore, one of the various founding theories or one of the archetypal principles, but he is the One, the All, outside of whom nothing exists. This is the truth from which we cannot escape, even if many "have not accepted it". To those who have accepted it, however, it has been given to "become children of God".

This is the great message of Christmas: not so much the cheesy Christmas lights or the little sheep in the crib, but the truth that the original beginning of all things, God, enters the world by taking on flesh ("Verbum caro factum est"). A message that involves our whole being: heart and mind.

IV.

It is surprising to see that the apostle who fully understood this philosophical (because it speaks of the "arché") and theological (because it speaks of God) truth was "the disciple whom Jesus loved", that is, the disciple who loved Jesus most. So this tells us that if we want to understand the truth of the Logos in all its fullness, we must love Jesus more than anything else. In discovering the "arché", John discovered the source of meaning and happiness because he made the great discovery of being loved by God. John was the most loved by Jesus because he was the one who loved Jesus the most: "a cor gentil rempaira sempre amore" (Guido Guinizzelli).

John was the youngest disciple, the disciple who loved the most, and certainly the happiest disciple because, as the great poet Alda Marini wrote: "No one is as happy as he who knows he is loved".

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