🇮🇹 ODE ALL’ASINO
(Testo e vídeo in 🇮🇹 italiano)
Una riflessione per la Domenica delle Palme A (2–4-2022)
< Mt 26,14-27,66 (La Passione di Gesù)
I.
Nella Domenica delle Palme dell’anno scorso, avevo detto che con l’entrata di Gesù a Gerusalemme era iniziata la settimana della “fiera degli asini” dove il meno asino di tutti era quell’umile animale che aveva trasportato Gesù sulla sua schiena.
Oggi vorrei fare ancora un altro elogio all’asino, un’altra “Ode all’asino”.
La tradizione ci parla della presenza di asini fin dall’inizio della vita terrena di Gesù, il quale appena nato nel freddo di una stalla viene scaldato dal fiato di un asino. Pochi giorni dopo, un asino (forse lo stesso della stalla?) carica Maria col bambino Gesù in fuga verso l’Egitto insieme a Giusepppe. L’asino lo ritroviamo anche alla fine della vita terrena di Gesù, e stavolta non secondo la tradizione, ma secondo il Vangelo, che trasporta Gesù nella sua entrata in Gerusalemme nella Domenica delle Palme.
II.
Penso che nessuno di noi amerebbe essere paragonato ad un asino, eppure la figura dell’asino che abbiamo visto nella tradizione e nel Vangelo rappresenta alcune qualità che dovrebbe avere il discepolo di Cristo. Mi verrebbe da dire che più che le “pecore” del Signore noi dovremmo essere gli “asini” del Signore. Sentirsi dire “sei un asino” più che un’offesa dovrebbe essere un complimento.
Gli asini che abbiamo visto non hanno fatto cose roboanti né appariscenti, ma erano presenti nel momento della necessità, quando Gesù aveva freddo, quando doveva fuggire da Erode che lo voleva uccidere. Per la sua entrata a Gerusalemme Gesù stesso ha istruito i discepoli di dire al padrone dell’asino: “Il Signore ne ha bisogno”.
Se è vero come dice qualcuno, che anche gli animali vanno in paradiso, questi asini ci andranno di sicuro, e magari anche loro ci precederanno nel Regno dei cieli.
IV.
Infine, questi “asini di Gesù” sono ricordati ancora oggi, non certo perché erano asini, ma perché erano con Gesù, hanno soccorso Gesù.
Quando il Signore ha bisogno di noi, noi dove siamo?
Gesù non ha bisogno che noi facciamo grandi discorsi, miracoli strabilianti, imprese eroiche, vuole solo che noi siamo presenti, siamo dei testimoni accanto a Lui e insieme a Lui. Soprattutto quando essere discepolo di Gesù costa fatica, quando ci sono persecuzioni o si è disprezzati o derisi per essere dei cristiani.
Come avviene anche nel nostro rapporto con gli altri: è soprattutto nel momento del bisogno che si vede chi è fedele, chi rimane con te.
Così anche con Gesù: anche se tutti lo abbandoneranno, noi vogliamo esserci sempre con Lui e per Lui. Come degli asini resilienti che non hanno paura della fatica e che sono disposti a caricare sempre con se Gesù non solo fino in Egitto, ma in capo al mondo.
V.
Stiamo sempre con Gesù, soprattutto in questa settimana di passione, anzi trasportiamolo sulle nostre spalle come dei buoni e umili asini.
In questi giorni, che per noi cristiani sono i più importanti, preghiamo un po’ di più, pensiamo di più a Gesù, alla sua passione.
Anche la contemplazione dell’arte ci può aiutare a pregare, come diceva Papa Benedetto XVI: la “via pulchretudinis”, via della bellezza, è una via privilegiata per arrivare a Dio. Ci sono tante opere di ogni tipo sulla Passione di Gesù.
Per Musica classica possiamo ascoltare la “Passione secondo San Matteo” di Bach; per la musica rock “Jesus Christ Superstar” con le stupende musiche di Andrew Lloyd Webber.
Tra gli innumerevoli dipinti, quello che mi commuove di più è la Pietà di Giovanni Bellini, custodita alla Brera di Milano e subito nella sala seguente il Cristo morto di Mantegna (varrebbe la pena di andare a Milano anche solo per vedere queste due opere).
MA anche qui a Roma c’è solo l’imbarazzo della scelta. Tra i miei preferiti “La Deposizione” di Caravaggio (ai Musei Vaticani). A Napoli troviamo “La Flagellazione” sempre di Caravaggio (che ho visto proprio ieri a Napoli, dove ero andato a visitare l’esposizione di Anselm Kiefer, lo stesso autore dei “Sette Palazzi Celesti” esposti alla Pirelli HangerBicocca di Milano).
Tanti i film, il più bello (per me) “The Passion” di Mel Gibson.
Ognuno ricerchi quelle opere, anche moderne e contemporanee, che più gli parlano di Dio.
Seguiamo Gesù in questa sua settimana di Passione, come degli umili asini, senza dimenticarci però che che per essere degli “asini veri discepoli di Gesù “ dobbiamo sempre caricare Gesù su di noi. Senza Gesù saremmo solo degli asini e basta.
Buona settimana santa a tutti.
- Nella Musica di sottofondo: Lucas & Arthur Jussen - Jagdcantate BWV. 208: deel 9 - J.S. Bach | Podium Witteman
🇵🇹 ODE AO BURRO
(Texto e vídeo em 🇵🇹 português)
Uma reflexão para o Domingo de Ramos A (2-4-2022)
< Mt 26,14-27,66 (A Paixão de Jesus)
I.
No Domingo de Ramos do ano passado, eu disse que com a entrada de Jesus em Jerusalém, tinha começada a semana da "feira do burro", onde o burro menos burro de todos era aquele animal humilde que tinha carregado Jesus às costas.
Hoje gostaria de fazer mais uma "Ode ao burro".
A tradição fala-nos da presença de burros desde o início da vida terrena de Jesus, que assim que nasceu no frio de um estábulo foi aquecido pelo sopro de um burro. Alguns dias mais tarde, um burro (talvez o mesmo do estábulo?) carrega Maria com o menino Jesus ao fugir para o Egipto com José. Também encontramos o burro no fim da vida terrena de Jesus, e desta vez não segundo a tradição, mas segundo o Evangelho, carregando Jesus quando ele entra em Jerusalém no Domingo de Ramos.
II.
Penso que nenhum de nós gostaria de ser comparado a um burro, mas a figura do burro que vimos na tradição e no Evangelho representa certas qualidades que o discípulo de Cristo deveria ter. Eu diria que, em vez das "ovelhas" do Senhor, deveríamos ser os "burros" do Senhor. Ser dito "és um burro" em vez de um insulto, deveria ser um elogio.
Os burros que vimos não fizeram coisas bombásticas ou vistosas, mas estiveram presentes em tempos de necessidade, quando Jesus estava com frio, quando teve de fugir de Herodes que o queria matar. Para a sua entrada em Jerusalém, o próprio Jesus instruiu os discípulos a dizerem ao dono do burro: 'O Senhor tem necessidade dele'.
Se for verdade como alguns dizem, que até os animais vão para o céu, estes burros irão certamente para lá, e talvez eles também nos precedam no reino dos céus.
IV.
Finalmente, estes 'burros de Jesus' ainda hoje são lembrados, não porque fossem burros, mas porque estavam com Jesus, eles socorreram a Jesus.
Quando o Senhor precisa de nós, onde estamos nós?
Jesus não precisa de nós para fazer grandes discursos, milagres espantosos, actos heróicos, ele apenas quer que estejamos presentes, que sejamos testemunhas ao seu lado e com ele. Especialmente quando ser discípulo de Jesus custa dificuldades, quando há perseguição ou se é desprezado ou escarnecido por ser cristão.
Como é também o caso nas nossas relações com os outros: é sobretudo nos momentos de necessidade que se vê quem é fiel, quem fica consigo.
É o mesmo com Jesus: mesmo que todos O abandonem, queremos estar sempre presentes com Ele e para Ele. Como os burros resilientes que não têm medo da fadiga e que estão dispostos a levar Jesus sempre consigo, não só até ao Egipto, mas até aos confins da terra.
V.
Estejamos sempre com Jesus, especialmente nesta semana de paixão, levemo-lo de facto sobre os nossos ombros como burros bons e humildes.
Nestes dias, que para nós cristãos são os mais importantes, rezemos um pouco mais, pensemos mais em Jesus, na sua paixão.
Mesmo a contemplação da arte pode ajudar-nos a rezar, como disse o Papa Bento XVI: a 'via pulchretudinis', a via da beleza, é um caminho privilegiado para chegar a Deus. Há todo o tipo de obras sobre a Paixão de Jesus.
Para música clássica, podemos ouvir a "Paixão segundo São Mateus" de Bach; para música rock, "Jesus Christ Superstar" com a maravilhosa música de Andrew Lloyd Webber.
Entre as inúmeras pinturas, a que mais me comove é a "Pieta" de Giovanni Bellini, guardada na Brera em Milão, e imediatamente na sala ao lado "Cristo morto" de Mantegna (valeria a pena ir a Milão mesmo só para ver estas duas obras).
Mas mesmo aqui, em Roma, a sua escolha é imensa. Entre os meus favoritos está ‘A Deposição” de Caravaggio (nos Museus do Vaticano). Em Nápoles encontramos ‘A Flagelação” também de Caravaggio (que ainda ontem vi em Nápoles, onde tinha ido visitar a exposição de Anselm Kiefer, o mesmo autor dos 'Sete Palácios Celestiais' expostos no Pirelli HangerBicocca em Milão).
Muitos filmes, o mais belo (para mim) 'A Paixão' de Mel Gibson.
Todos procuram as obras, mesmo as modernas e contemporâneas, que mais lhe falam de Deus.
Vamos seguir Jesus nesta semana da sua Paixão, como burros humildes, sem esquecer, contudo, que para sermos "verdadeiros burros discípulos de Jesus" devemos sempre carregar Jesus sobre nós. Sem Jesus, seríamos apenas burros e mais nada.
Feliz Semana Santa a todos.
- No fundo Música: Lucas & Arthur Jussen - Jagdcantate BWV. 208: deel 9 - J.S. Bach | Podium Witteman
コメント