top of page

🇮🇹 SOLI MAI 🇵🇹 SÓS NUNCA

🇮🇹 SOLI MAI

(testo e video in italiano)

Una riflessione per la Solennità del Corpus Domini -C (19-6-2022)

< Lc 9,11-17 (Moltiplicazione dei pani)

I.

Durante questo mese di giugno, ho preso alcuni giorni di ferie e sono andato a visitare diversi posti bellissimi, a volte da solo, altre volte con confratelli o con colleghi di lavoro. In ogni luogo che vado mi piace sempre visitare le chiese, non solo per vedere le bellezze artistiche ivi racchiuse, ma anche perché ogni volta che si entra in una chiesa è come entrare in casa, con persone che conosci e ti aspettano. Le nostre chiese non sono solo degli edifici di pietra dove si riuniscono fedeli a pregare, ma sono il luogo della presenza eucaristica di Gesù, per cui ogni volta che incontri Cristo eucaristico, incontri casa.

È successo però che in una delle chiese visitate in questi giorni, abbiamo incontrato un sacerdote che stava aprendo la chiesa. Ci siamo avvicinati e lui cercava di schivarci, prima ignorandoci e poi rispondendo male a qualche nostra domanda. Probabilmente pensava che eravamo turisti, o extracomunitari, persone che chiedevano soldi, o non so cos’altro. La sensazione netta era che gli davamo fastidio.

Eppure in questi giorni Papa Francesco parlando a dei sacerdoti ha detto loro: “dovete essere esperti in umanità”, e in un’altra occasione aveva detto che i sacerdoti devono essere pastori con l’odore delle pecore.

Invece a volte i pastori preferiscono che le pecore stiano alla larga.

II.

Avvenne anche con i discepoli di Gesù, come abbiamo sentito nel Vangelo di oggi, i quali dissero al Maestro di congedare la folla, di rimandare tutti a casa o che si arrangino a procurarsi cibo e alloggio.

Gesù invece non manda via nessuno, anzi li trattiene, li fa sedere e dà loro da mangiare.

Tante volte noi invece non abbiamo tempo per gli altri e arrangiamo sempre delle scuse: non ho i mezzi, non posso aiutare sempre tutti, ho sempre tante cose da fare, non ho tempo… ma solo quando si tratta di aiutare gli altri.

Una volta avevo sentito un fedele di una chiesa evangelica dicendo che il loro pastore quando si tratta di raccogliere i soldi per costruire la chiesa, per sistemare la casa del pastore o per comprare la sua macchina chiede sempre soldi ai fedeli, organizza collette, lotterie etc., ma quando si tratta di soccorrere delle famiglie in necessità dice solo: preghiamo per loro, affinché il Signore li soccorra nelle loro necessità.

III.

La richiesta di Gesù «Voi stessi date loro da mangiare» sembra illogica, infatti com’è possibile con soli 5 pani e due pesci sfamare migliaia di persone? Certo se pensiamo che dobbiamo fare tutto noi, è impossibile, ma se noi facciamo la nostra parte, diamo il nostro piccolo contributo, Dio farà il resto.

Noi cosa stiamo facendo per tanti che hanno fame? Non solo di cibo, ma di attenzione, di cura, di umanità, di senso? Qualcosa lo possiamo fare anche se è poco, come i cinque pani. Dio farà il resto.

Dare un pezzo di pane, un gesto di gentilezza, un momento di attenzione, degli spiccioli, uno sguardo dolce, un sorriso sincero… piccole cose, che Dio moltiplicherà e farà miracoli.

Con Dio il pane finito (solo cinque) diventa infinito.

IV.

Il Vangelo conclude sottolineando che “Tutti mangiarono a sazietà “. Quindi il pane di Gesù venne distribuito a tutti, non solo ai puri, a chi ne era degno, a chi era in grazia. Gesù non ha chiesto a coloro che stavano ricevendo il pane se erano sposati regolarmente o se pregavano o se non avevano commesso peccati. Il pane di Gesù è per tutti.

Papa Francesco ha detto che l’Eucarestia non è il premio per i buoni ma medicina per i malati.

Gesù si fa pane per tutti, anche per i peggiori della terra… è Lui il solo pane di vita, che può guarire e senza il quale avremo sempre fame. Tutti hanno diritto di ricevere il pane di Gesù.

V.

Per concludere. In questi due ultimi giorni sono stato ospitato insieme a dei colleghi, da una comunità di frati cappuccini e ho visto che per fortuna non tutti sono scorbutici come quel prete di cui vi dicevo all’inizio. Quei frati ci hanno fatto sentire a casa. Una comunità eucaristica è una comunità dove ti senti a casa. Così come una persona eucaristica, è una persona che quando l’incontri ti senti a casa.

Come Gesù, che ha saputo trasformare il deserto dove si trovavano, in una casa. Perché dove c’è Gesù, c’è casa.

La festa del Corpo e Sangue di Cristo è la festa della casa, dove tu non ti senti mai solo.

Quindi noi cerchiamo di essere persone eucaristiche che fanno sentire a casa le persone che incontrano, e non fanno sentirsi solo nessuno, perché non dobbiamo dimenticare le parole drammaticamente vere del bravissimo attore Robin Williams morto suicida, il quale disse, “Ho sempre pensato che la peggior cosa nella vita fosse rimanere soli. Non lo è. La cosa peggiore è stare con persone che ti fanno sentire solo”.


per accedere al video in italiano cliccare qui: https://youtu.be/BhloMjwpgKo




🇵🇹 SÓS NUNCA

(texto e vídeo em Português )

Uma reflexão para a Solenidade de Corpus Christi -C (19-6-2022)

< Lc 9,11-17 (Multiplicação dos pães)

I.

Durante este mês de Junho, tirei alguns dias de folga e fui visitar vários lugares bonitos, por vezes sozinho, outras vezes com coirmãos ou colegas de trabalho. Em cada lugar que vou gosto sempre de visitar as igrejas, não só para ver a beleza artística ali guardada, mas também porque cada vez que se entra numa igreja é como entrar em casa, como encontrar pessoas que se conhecem e que estão à sua espera. As nossas igrejas não são apenas edifícios de pedra onde os fiéis se reúnem para rezar, mas são o lugar da presença eucarística de Jesus, por isso cada vez que se encontra Cristo na Eucaristia, nos encontramos em casa.

Aconteceu, porém, que numa das igrejas que visitámos durante estes dias, encontrámos um padre que estava a abrir a igreja. Abordámo-lo e ele tentou esquivar-se a nós, primeiro ignorando-nos e depois respondendo mal a algumas das nossas perguntas. Ele provavelmente pensou que éramos turistas, ou de fora do país, pessoas a pedir dinheiro, ou não sei que mais. A sensação clara era de que o estávamos a incomodar.

No entanto, nestes dias, o Papa Francisco, falando com os padres, disse-lhes: "devem ser peritos em humanidade", e noutra ocasião tinha dito que os padres devem ser pastores com o cheiro das ovelhas.

Em vez disso, os pastores preferem por vezes que as ovelhas fiquem longe.

II.

Aconteceu também com os discípulos de Jesus, como ouvimos no Evangelho de hoje, que disseram ao Mestre para despedir a multidão, para mandar todos para casa ou deixá-los se virar na busca de comida e abrigo.

Jesus, por outro lado, não manda ninguém embora, em vez disso, segura a todos, convida-os a sentar e dá-lhes comida.

Muitas vezes nós, por outro lado, não temos tempo para os outros e arranjamos sempre desculpas: não tenho meios, não posso ajudar toda a gente a toda a hora, tenho sempre tantas coisas para fazer, não tenho tempo... mas apenas quando se trata de ajudar os outros.

Uma vez ouvi um crente de uma igreja evangélica dizer que quando se trata de recolher dinheiro para construir a igreja, para arranjar a casa do pastor ou para comprar o seu carro, o pastor pede sempre dinheiro aos crentes, organiza rifas, lotarias, etc., mas quando se trata de ajudar famílias necessitadas, ele apenas diz: vamos orar por elas, para que o Senhor as ajude nas suas necessidades.

III.

O pedido de Jesus "Vós mesmos os alimentais" parece ilógico, pois como é possível, com apenas cinco pães e dois peixes, alimentar milhares de pessoas? Claro que se pensarmos que temos de fazer tudo nós próprios, é impossível, mas se fizermos a nossa parte e oferecermos a nossa pequena contribuição, Deus fará o resto.

O que estamos a fazer por tantos que têm fome? Não apenas pela comida, mas pela atenção, pelos cuidados, pela humanidade, pelo sentido da vida? Podemos fazer algo, mesmo que seja pouco, como eram poucos os cinco pães e dois peixes. Deus fará o resto.

Dar um pedaço de pão, um gesto de bondade, um momento de atenção, algumas moedinhas, um olhar doce, um sorriso sincero... pequenas coisas, que Deus multiplicará e fará milagres.

Com Deus, o pão finito (apenas cinco) torna-se infinito.

IV.

O Evangelho conclui enfatizando que "todos eles comeram a sua fartura". Assim, o pão de Jesus foi distribuído a todos, não só aos puros, aos que eram dignos, aos que estavam na graça. Jesus não perguntou àqueles que recebiam o pão se eram casados regularmente ou se rezavam ou se não tinham cometido pecados. O pão de Jesus é para todos.

O Papa Francisco disse que a Eucaristia não é a recompensa para o bons mas sim o remédio para os doentes.

Jesus faz-se pão para todos, mesmo para os piores da terra... Ele é o único pão da vida, que pode curar e sem o qual estaremos sempre com fome.

Todos têm o direito de receber o pão de Jesus.

V.

Para concluir. Nestes últimos dois dias fui acolhido, juntamente com alguns colegas, por uma comunidade de frades capuchinhos, e vi que, felizmente, nem todos são tão rabugentos como aquele padre de que vos falei no início. Esses frades fizeram-nos sentir em casa. Uma comunidade eucarística é uma comunidade onde nos sentimos em casa. Tal como uma pessoa eucarística é uma pessoa que, quando nos encontramos com ela, nos sentimos em casa.

Como Jesus, que foi capaz de transformar o deserto onde eles estavam, num lar. Porque onde há Jesus, há casa.

A festa do Corpo e Sangue de Cristo é a festa do lar, onde nunca ninguém se sente só.

Portanto, sejamos pessoas eucarísticas que façam as pessoas que encontramos sentir-se em casa, e não façamos ninguém sentir-se sós, porque não devemos esquecer as palavras dramaticamente verdadeiras do actor Robin Williams que morreu por suicídio, que disse: "Sempre pensei que a pior coisa na vida era estar só. Não é. O pior é estar com pessoas que o fazem sentir-se só".


Para ver o vídeo em português clicar aqui: https://youtu.be/DYxNIH1sUDM

11 visualizzazioni0 commenti
Post: Blog2 Post
bottom of page