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Immagine del redattore P. Ezio Lorenzo Bono, CSF

🇮🇹 TESORISMO 🇵🇹 TESOURISMO


🇮🇹 TESORISMO

(Video e testo in italiano)

Una riflessione per la XVII Domenica del Tempo Comune A (30–7-2023)

< Mt 13,44-52 (Il tesoro nascosto nel campo)

I.

Il "tesorismo" è quell'attività svolta dai cercatori di tesori che si dedicano alla ricerca e al recupero di oggetti di valore, antichi reperti, tesori nascosti o relitti sommersi.

Questa pratica da sempre ha affascinato l'immaginario collettivo ed è sempre associata ad avventure legate a leggende, miti, eventi storici, archeologia, storia o folclore. Alcuni esempi famosi riguardano la scoperta del tesoro di Tutankhamon nel 1922 quando l'archeologo britannico Howard Carter fece la scoperta straordinaria della tomba intatta di Tutankhamon, un faraone egiziano dell'antico Egitto. All'interno della tomba furono trovati preziosi gioielli, manufatti e tesori sepolti con il giovane faraone. Così come la scoperta del tesoro di Priamo o di Troia. Oppure la leggenda del tesoro di El Dorado presumibilmente situato nella foresta amazzonica del Sud America e mai trovato. O il tesoro che si crede sepolto nell'isola di Oak (Oak Island).

In questi ultimi anni furono scoperti tesori nei relitti di navi in fondo al mare, come quello dell'anno scorso (2022) del tesoro del galeone San José affondato nel 1708. Questa nave da guerra faceva parte della flotta spagnola e trasportava un inestimabile carico di tesori, gioielli e preziosi manufatti delle Americhe, diretti verso la Spagna. Il valore del tesoro ritrovato ammonterebbe a diversi miliardi di dollari.

II.

Al tempo di Gesù molte persone ricche che per vari motivi dovevano lasciare o fuggire dalle loro case, non potendo trasportare le loro ricchezze le seppellivano nei loro campi, nella speranza di ritrovarle al loro ritorno.

Il vangelo di oggi ci parla proprio del ritrovamento fortuito di uno di questi tesori, da parte di un uomo che dopo aver scoperto un tesoro nascosto, vende tutto per comprare quel campo. Se quell'uomo non avesse scoperto il tesoro, la sua vita sarebbe continuata normalmente nella sua routine. Ma dopo la scoperta ecco che tutto cambia, si mette in movimento, prende iniziativa, corre dei rischi sapendo che ne vale la pena. E cioè, comincia a vivere in pienezza.

III.

E noi abbiamo trovato il nostro tesoro? C'è qualcuno o qualcosa che ci mette in movimento, ci appassiona, ci spinge anche a fare dei sacrifici per salvare il nostro tesoro? Questo "chi" o "cosa" riguardo al nostro tesoro esteriore.

Ma c'è un altro tesoro prezioso che è quello interiore. In ognuno di noi giace un tesoro nascosto che dobbiamo riportare alla luce. Vogliamo approfittare della ricchezza che è in noi o lasciamo il nostro tesoro ancora per altri secoli in fondo al mare?

Invece di essere avventurieri impegnati nella ricerca continua di tesori, preferiamo passare per delle vittime rassegnate di fronte a un mondo crudele che non ci comprende. E così continuiamo a lasciare il nostro tesoro interiore addormentato in fondo al mare della nostra vita. Ma non c'è niente di più inutile di un tesoro che non viene mai scoperto. Sarebbe come uno strumento musicale che non viene mai suonato o un libro che non viene mai letto.

Anche riguardo a Dio possiamo dire che Lui è un tesoro in sé che non ha bisogno dell'uomo per essere Dio, ma Lui stesso ha voluto essere un tesoro che venisse scoperto, e per questo ha creato l'uomo.

Noi però siamo sempre così distratti, lontani, cinici. Si dice che chi trova un amico trova un tesoro, ma se noi troviamo un tesoro, non ci importa più nulla dell'amico. Oppure diciamo che dei consigli preziosi valgono più di un tesoro, ma noi preferiremmo qualche aiuto monetario piuttosto di tanti consigli preziosi.

IV.

Per concludere. Nelle profondità della terra o negli abissi dei mari ci sono ancora innumerevoli tesori che forse non verranno mai scoperti. Il mondo finirà e con lui tutte quelle ricchezze immense andranno perdute per sempre.

Noi però non andremo perduti, neppure un capello del nostro capo si perderà.

I vari galeoni di San José che con i suoi tesori dal valore di miliardi di euro rimarranno qui su questa terra e scompariranno con essa. Noi invece solcheremo le onde del mare infinito di Dio.


  • Musica di fondo: Francesco Parrino - UNDER THE SEA (Piano Impro) - THE LITTLE MERMAID



🇵🇹 TESOURISMO

(Vídeo e texto em 🇵🇹 português)

Uma reflexão para o 17º Domingo do Tempo Comum A (30-7-2023)

< Mt 13,44-52 (O tesouro escondido no campo)

I.

O "Tesourismo" é a atividade desenvolvida pelos caçadores de tesouros que se dedicam à busca e recuperação de objectos valiosos, artefactos antigos, tesouros escondidos ou naufrágios.

Esta prática sempre fascinou o imaginário coletivo e está sempre associada a aventuras ligadas a lendas, mitos, acontecimentos históricos, arqueologia, história ou folclore. Alguns exemplos famosos incluem a descoberta do tesouro de Tutankhamun em 1922, quando o arqueólogo britânico Howard Carter fez a extraordinária descoberta do túmulo intacto de Tutankhamun, um antigo faraó egípcio. No interior do túmulo foram encontradas jóias preciosas, artefactos e tesouros enterrados com o jovem faraó. O mesmo aconteceu com a descoberta do tesouro de Príamo ou de Troia. Ou a lenda do tesouro de El Dorado, supostamente localizado na floresta amazónica da América do Sul e nunca encontrado. Ou o tesouro que se acreditava estar enterrado em Oak Island.

Nos últimos anos, foram descobertos tesouros em naufrágios no fundo do mar, como a descoberta, no ano passado (2022), do tesouro do galeão San José, afundado em 1708. Este navio de guerra fazia parte da frota espanhola e transportava uma carga inestimável de tesouros, jóias e artefactos preciosos provenientes das Américas a caminho de Espanha. O valor do tesouro encontrado ascenderia a vários bilhões de dólares.

II.

No tempo de Jesus, muitos ricos que tinham de abandonar ou fugir das suas casas por várias razões, não podendo transportar as suas riquezas, enterravam-nas nos seus campos, na esperança de as encontrarem quando regressassem.

O evangelho de hoje fala-nos da descoberta fortuita de um desses tesouros, por um homem que, tendo descoberto um tesouro escondido, vende tudo para comprar esse campo. Se o homem não tivesse descoberto o tesouro, a sua vida teria prosseguido normalmente na sua rotina. Mas depois da descoberta, tudo muda, ele toma a iniciativa, corre riscos sabendo que valem a pena. Ou seja, começa a viver em pleno.

III.

E nós encontrámos o nosso tesouro? Há alguém ou alguma coisa que nos põe em movimento, que nos entusiasma, que nos leva mesmo a fazer sacrifícios para salvar o nosso tesouro? Este "quem" ou "o quê" é nosso tesouro exterior.

Mas há outro tesouro precioso que é o nosso tesouro interior. Dentro de cada um de nós existe um tesouro escondido que temos de trazer à luz. Queremos aproveitar a riqueza que está dentro de nós, ou deixamos o nosso tesouro no fundo do mar por mais séculos?

Em vez de sermos aventureiros empenhados na busca constante de tesouros, preferimos passar por vítimas resignadas perante um mundo cruel que não nos compreende. E assim continuamos a deixar o nosso tesouro interior adormecido no fundo do mar das nossas vidas. Mas não há nada mais inútil do que um tesouro que nunca é descoberto. Seria como um instrumento musical que nunca é tocado ou um livro que nunca é lido.

Também em relação a Deus, podemos dizer que Ele é um tesouro em si mesmo, que em si não precisaria do homem para ser Deus, mas Ele próprio quis ser um tesouro só para Si, mas a descobrir, e para isso criou o homem.

Nós, porém, estamos sempre tão distraídos, distantes, cínicos. Diz-se que quem encontra um amigo encontra um tesouro, mas se encontrarmos um tesouro, deixamos do lado o amigo.

Ou dizemos que um conselho valioso vale mais do que um tesouro, mas preferimos uma ajuda monetária a muitos conselhos valiosos.

IV.

Para concluir. Nas profundezas da terra ou nos abismos dos mares ainda existem inúmeros tesouros que talvez nunca serão descobertos. O mundo acabará e com ele todas essas imensas riquezas perder-se-ão para sempre.

Nós, porém, não nos perderemos; não se perderá nem um fio de cabelo da nossa cabeça.

Os vários galeões de São José, com os seus tesouros de bilhões de dólares, ficarão aqui nesta terra e desaparecerão com ela. Nós, por outro lado, lavraremos as ondas do mar infinito de Deus.


  • Música de fundo: Francesco Parrino - UNDER THE SEA (Piano Impro) - THE LITTLE MERMAID


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