🇮🇹 VENTI DI AMORE
Una riflessione per VII Domenica TO-C (20–2-2022)
< Lc 6,27-38 (Amate i vostri nemici)
I.
Anni fa avevo visto un film sull’evangelizzazione dell’America del Nord da parte di alcuni missionari inglesi. Non ricordo bene il nome del film (Il vestito nero, o l’abito nero). Si raccontava l’evangelizzazione di tribù del Nord America, che una volta convertite al cristianesimo, erano destinate alla distruzione per mano delle tribù vicine, perché la nuova religione comandava l’amore verso tutti, anche verso i nemici, cosicché non potendo reagire di fronte agli attacchi, interi villaggi venivano letteralmente spazzati via. Quindi sembrava che il cristianesimo non fosse fatto per queste popolazioni sanguinarie, dove per sopravvivere bisognava reagire con violenza e contrattaccare.
Ci vollero moltissimi anni di evangelizzazione per cambiare i costumi delle varie tribù, fino a diffondere i valori della fratellanza e dell’amore verso gli altri.
II.
Anche l’altro film più famoso, Apocalipto di Mel Gibson, volle demistificare l’idea di culture e civiltà precolombiane spazzate via dal cristianesimo. Molti studi storici dimostrarono infatti che le tribù incontrate dai coloni europei, erano tribù sanguinarie che avevano come obiettivo la distruzione delle tribù vicine, allo scopo di fare prigionieri da sacrificare ai propri dei. Le centinaia di migliaia di teschi rinvenuti ai piedi dei templi precolombiani sono testimonianza di questa usanza barbara. Con questo non vogliamo negare gli errori commessi dai colonizzatori e missionari.
III.
Ecco che il cristianesimo giunge allora con un messaggio totalmente rivoluzionario, dell’amore verso il prossimo, e non solo, con la proposta assurda dell’amore verso i nemici.
Anche oggi è ancora viva la forza rivoluzionaria di questo messaggio, che non deve tanto far fronte a usanze sanguinarie di decapitazioni fisiche, ma ad altre usanze barbare fatte di competizioni e distruzioni dell’avversario, di scontri polemici violenti, di diffamazioni, calunnie, bullyng… Basta vedere il clima di violenza che si respira in molti spettacoli, talk show e confronti politici, o lo spirare dei venti di guerra della crisi Ucraina-Russia.
Il comandamento dell’amore verso il nemico, mina alla base la proliferazione dell’odio e della violenza, perché se tutti, o per lo meno la maggioranza seguisse questo comandamento, si raggiungerebbe una “immunità di gregge” dove il virus dell’odio non troverebbe più campo per proliferare.
IV.
In questi giorni è stato pubblicato l’annuario pontificio con le informazioni riguardanti la Chiesa Cattolica nell’anno 2021. Consta che in un anno i cattolici sono aumentati di 16.000.000 (ogni anno vediamo un aumento di 10/20 milioni di cattolici). Nel mondo i cattolici aumentano, meno in Europa dove c’è una diminuzione di tutto, della popolazione, delle nascite, degli studenti… e quindi anche dei cattolici. Di questo passo nel giro di poche generazioni, l’Europa è destinata a scomparire o ad essere totalmente sostituita da popolazioni straniere.
Se nel mondo abbiamo ogni anno un aumento considerevole del numero di cattolici, dobbiamo augurarci che alla crescita numerica corrisponda anche una crescita qualitativa. Se i cattolici e i cristiani nel mondo si impegnassero a vivere e diffondere il messaggio rivoluzionario del vangelo, potremo raggiungere una “immunità di gregge” dove non solo non si diffonderebbe più il virus dell’odio e della guerra, ma potrebbe diffondersi quello dell’amore e del rispetto reciproco.
V.
I cattolici non devono limitarsi a non fare il male, ma devono fare il bene. E Gesù ci da delle indicazioni concrete:
- amare i nemici
- benedire coloro che ci maledicono
- pregare per coloro che ci trattano male
- porgere l'altra guancia
- dare a chiunque ci chieda, senza guardare in faccia nessuno
- non pretendere la restituzione di ciò che abbiamo prestato
- non giudicare per non essere giudicati
- non condannare per non essere condannati
- perdonare per essere perdonati
Gesù ci vuole come Lui. Egli infatti non ha proclamato questi ideali solo a parole, ma con la sua vita, quando dall’alto della Croce perdona i suoi assassini.
Gesù ci vuole come Dio, quando noi facciamo un’immane fatica a essere a malapena degli uomini.
Il vangelo di oggi, dell’amore verso i nemici, ci porta a trasformare i venti di guerra di questi nostri giorni, in venti di amore.
🇵🇹 VENTOS DO AMOR
Uma reflexão para o VII Domingo TO-C (20-2-2022)
< Lc 6,27-38 (Amai os vossos inimigos)
I.
Há alguns anos tinha visto um filme sobre a evangelização da América do Norte por alguns missionários ingleses. Não me lembro do nome do filme (talvez “O vestido preto”). Falava da evangelização de tribos na América do Norte que, uma vez convertidas ao cristianismo, estavam destinadas à destruição pelas mãos de tribos vizinhas, porque a nova religião comandava o amor para com todos, mesmo inimigos, de modo que, proibidas de reagir aos ataques, aldeias inteiras foram literalmente dizimadas. Assim, parecia que o cristianismo não foi feito para estas populações sedentas de sangue, onde para sobreviver se tinha de agir com violência e contra-ataque.
Foram necessários muitos anos de evangelização para mudar os costumes das várias tribos, até que os valores da fraternidade e do amor pelos outros fossem difundidos.
II.
O outro filme mais famoso, Apocalypto de Mel Gibson, também procurou desmistificar a ideia da existência de culturas e civilizações pré-colombianas dizimadas pelo cristianismo. Muitos estudos históricos mostraram que as tribos encontradas pelos colonos europeus eram tribos sanguinárias cujo objectivo era destruir tribos vizinhas para levar prisioneiros a sacrificarem-se aos seus deuses. As centenas de milhares de crânios encontrados no sopé dos templos pré-colombianos são prova deste costume bárbaro. Com isso não queremos negar os erros cometidos pelos colonizadores e missionários.
III.
Aqui o cristianismo vem então com uma mensagem totalmente revolucionária do amor pelo próximo, e não apenas isso, com a absurda proposta do amor pelos inimigos.
Ainda hoje, a força revolucionária desta mensagem está muito viva. Hoje não há os costumes sangrentos das decapitações físicas, mas outros costumes bárbaros de competição e destruição do adversário, violentos confrontos polémicos, difamação, calúnia, intimidação... Basta ver o clima de violência que se respira em muitos espectáculos, talk shows e confrontos políticos, ou os ventos soprantes da guerra da crise Ucrânia-Rússia.
O mandamento de amar o inimigo mina a proliferação do ódio e da violência, porque se todos, ou pelo menos a maioria, seguissem este mandamento, seria alcançada uma "imunidade de rebanho" onde o vírus do ódio deixaria de encontrar espaço para proliferar.
IV.
Nestes dias foi publicado o Anuário Pontifício com informações do ano 2021 sobre a Igreja Católica . Mostra que, num ano, o número de católicos aumentou de 16.000.000 (todos os anos vemos um aumento de 10-20 milhões de católicos). Os católicos estão a aumentar em todo o mundo, menos na Europa, onde há uma diminuição em tudo: população, nascimentos, estudantes... e, portanto, também nos católicos. A este ritmo, dentro de poucas gerações, a Europa está destinada a desaparecer ou a ser totalmente substituída por populações estrangeiras.
Se houver um aumento considerável do número de católicos no mundo todos os anos, devemos esperar que o crescimento numérico seja igualado por um crescimento qualitativo. Se católicos e cristãos de todo o mundo se empenhassem em viver e difundir a mensagem revolucionária do Evangelho, sobretudo o amor pelo inimigo, poderíamos alcançar uma "imunidade de rebanho" onde não só o vírus do ódio e da guerra deixaria de se espalhar, como também o virus do amor e do respeito mútuo poderia espalhar-se.
V.
Os católicos não se devem limitar a não fazer o mal, mas devem fazer o bem. E Jesus dá-nos indicações concretas:
- amar os nossos inimigos
- abençoar aqueles que nos amaldiçoam
- rezar por aqueles que nos tratam mal
- oferecer a outra face
- dar a quem quer que peça, sem fazer diferenças
- não exigir restituição pelo que emprestamos
- não julgar, para que não sejamos julgados
- não condenar de modo a não ser condenado
- perdoar para ser perdoado
Jesus quer que sejamos como Ele. Pois Ele não proclamou estes ideais apenas com palavras, mas com a sua vida, quando desde o alto da cruz perdoou os seus assassinos.
Jesus quer que sejamos como Deus, ao passo que já custa muito conseguir sermos pelo menos humanos.
O evangelho de hoje do amor para com os inimigos pede-nos de transformar os ventos de guerra dos nossos dias em ventos de amor.
🇬🇧 WINDS OF LOVE
A reflection for VIIth Sunday TO-C (20-2-2022)
< Lk 6:27-38 (Love your enemies)
I.
Years ago I had seen a film about the evangelisation of North America by some English missionaries. I do not remember the name of the film (maybe “The Black Dress”). It spoke about the evangelisation of tribes in North America, which, once converted to Christianity, were destined for destruction at the hands of neighbouring tribes, because the new religion commanded love towards all, even enemies, so that, unable to react to attacks, entire villages were literally wiped out. So it seemed that Christianity was not made for these bloodthirsty populations, where in order to survive one had to react with violence and counterattack.
It took many years of evangelisation to change the customs of the various tribes, until the values of brotherhood and love for others were spread.
II.
The other most famous film, Mel Gibson's Apocalypto, also sought to demystify the idea of pre-Columbian cultures and civilisations being wiped out by Christianity. Many historical studies have shown that the tribes encountered by European settlers were bloodthirsty tribes whose aim was to destroy neighbouring tribes in order to take prisoners to sacrifice to their gods. The hundreds of thousands of skulls found at the foot of pre-Columbian temples are evidence of this barbaric custom. This is not to deny the mistakes made by the colonisers and missionaries.
III.
Here Christianity then comes with a totally revolutionary message of love for one's neighbour, and not only that, with the absurd proposal of love for one's enemies.
Even today, the revolutionary force of this message is still very much alive, and it is not so much the bloody customs of physical beheadings that must be faced, but other barbaric customs of competition and destruction of the opponent, violent polemical clashes, defamation, slander, bullying... It is enough to see the climate of violence that one breathes in many shows, talk shows and political confrontations, or the blowing winds of war from the Ukraine-Russia crisis.
The commandment to love one's enemy undermines the proliferation of hatred and violence, because if everyone, or at least the majority, followed this commandment, a 'herd immunity' would be achieved where the virus of hatred would no longer find room to proliferate.
IV.
In these days the Pontifical Yearbook has been published with information about the Catholic Church in the year 2021. It shows that in one year the number of Catholics increased by 16,000,000 (every year we see an increase of 10-20 million Catholics). Catholics are increasing worldwide, but less so in Europe, where there is a decrease in everything: population, births, students... and therefore also in Catholics. At this rate, within a few generations, Europe is destined to disappear or be totally replaced by foreign populations.
If there is a considerable increase in the number of Catholics in the world every year, we must hope that the numerical growth is matched by a qualitative growth. If Catholics and Christians around the world were to commit themselves to living and spreading the revolutionary message of the Gospel, we could achieve a "herd immunity" where not only would the virus of hatred and war no longer spread, but that of love and mutual respect could spread.
V.
Catholics must not limit themselves to not doing evil, but must do good. And Jesus gives us concrete indications:
- love our enemies
- bless those who curse us
- pray for those who treat us badly
- turn the other cheek
- to give to anyone who asks, without looking anyone in the face
- not demanding restitution for what we have lent
- not to judge lest we be judged
- not to condemn so as not to be condemned
- forgive in order to be forgiven
Jesus wants us to be like Him. For he did not proclaim these ideals in words alone, but with his life, when from the height of the Cross he forgave his murderers.
Jesus wants us to be like God, when we struggle so much to be barely human.
Today's gospel of love towards enemies asks us to transform the winds of war of our day into winds of love.
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